O sofrimento estóico do adepto Vitoriano
Não sou exemplo para ninguém, como adepto não praticante do Vitória de Guimarães. Só tenho um clube, e é o Vitória, mas a tortura de estar duas horas no estádio sem outros meninos com quem brincar, em comunidade com muitos senhores aparentemente a precisarem de um exorcismo e com transístores sharp a voarem por cima de mim em direcção ao àrbitro não é a memória mais grata que tenho da infância.
Ainda assim valorizo muito o carácter que a minha cidade demonstra, a perseverança e a união em redor de um dos seus maiores símbolos, que ecoa no seu emblema o maior orgulho de qualquer vimaranense: a fundação da nacionalidade.
É esse sentimento de sintonia com a minha cidade mãe que me leva ao aperto do coração perante o sofrimento deste adepto anónimo, que a escassos minutos de ver o seu clube ganhar a taça, já não consegue arcar mais com o sofrimento, como milhões puderam assistir na televisão.
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