O coração

A coberto do tema Summer of the Sixties, o Canal ARTE tem feito as delícias cá da casa e pelos vistos vai continuar Agosto dentro, com exibição de concertos, filmes e documentários alusivos à década que mudou o mundo. Um fartote, é o que vos digo.
Terça feira passada o célebre documentário sobre o Newport Folk Festival. Peter, Paul and Mary, Joan Baez, Donovan, entre outros Bob Dylan a ligar a guitarra à corrente, não trabalho mais na quinta da Maggie, ponto final.

Esta noite, Heart of Gold, Neil Young por alturas do excelente Prairie Wind em 2005. Não se estranha Neil Young num registo acústico, muito intimista, quase confessional e a poucos dias de lhe abrirem a cabeça, dedicar música ao Pai, à filha, até à guitarra que traz em mãos que um dia foi de Hank Williams, rodeado de amigos (esposa inclusive) e a dar o seu melhor, como faz questão de dizer: "Não toco com músicos de estúdio, quando quero gravar chamo os meus amigos. E é com eles que vou depois para a estrada."
Depois, de rajada, I Am a Child, Harvest Moon, Heart of Gold, Old Man, The Needle and the Damage Done. Um grande, grande filme.




Heart of Gold é um retrato fiel de um Homem simples que com sorte conseguiu comprar um rancho (tocante a explicação de Old Man). E um compêndio sobre as origens do rock, da simplicidade e dureza de uma arte que se quer vinda de dentro com uma guitarra sempre por perto.

Neil Young é o coração do rock.

Como eu lamento não ter escrito Mr. Jones e em vez de "I want to be Bob Dylan" escrever "I want to be Neil Young"

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