Saudades do futuro Part II

Sinto falta de uma música que me empolgue. Que me mereça uma audição exaustiva.

Em Portugal isto está uma pasmaceira tal que pouco merece sequer relevo-

No mundo, se calhar por excesso de informação e por excesso de preguiça, pouco salta à vista.

Os últimos a merecerem honras de repeat foram o Fachada, os National e os Arcade Fire, mas mesmo esses, não são sangue novo. São boa música mas apenas (mais) uma confirmação. Não há aquele feeling de estar a presenciar algo de novo e que perdurará.

Por estes dias em que tenho mais tempo para ouvir música, volto ao garantido prazer dos Velvet e ao ritmo contra - cíclico dos Talking Heads, passada que está a excelente descoberta da carreira a solo do Graham Coxon. Se calhar sou eu que já não tenho pachorra e que me aburguesei, recusando aguçar os ouvidos para o que de novo e bom certamente por aí andará. Se calhar.

Vou tentar pegar numa ou outra referência que me deram, e ouvir. A ver se isto corre bem.

Por agora fica um vídeo "Velvetiano" de um programa da rtp2 sobre o mítico concerto dos Mão Morta no Theatro Circo.

Acho que tenho saudades do futuro.

Comentários

  1. Até pela natureza da música não empolga, mas é do melhor que se ouve nos tempos que correm: The XX.

    De resto também partilho da saudade de ouvir e ver escavacar guitarras.

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  2. Por acaso hoje de manhã ouvi. E até gosto muito. Mas lá está. Falta aquele esticão na perna ao ouvir a música.

    O que realmente sinto falta é daquela pica que dá tu ouvires repetidamente aquela música, e ao mesmo tempo esboçar acordes de guitarra nas calças de ganga (isto vindo de quem, na guitarra, nem um acorde sabe dar). Da alegria que foi estar no baptismo nacional dos Arcade Fire, ou da primeira vez que ouvi a "Tradição" do Fachada. Algo que te desperte os sentidos. Sejam os saltos e os espantos pelos Arcade Fire ou a dança quase folclórica quando ouves a "Tradição". Mas que seja algo que mexa contigo.

    Sinto que o meu tempo é pouco produtivo a esse nível, se comparar por exemplo com o teu, que viste nascer o Grunge e por aí além.

    Acho que a minha geração não tem uma marca registada, não tem um momento marcante, em que tu te sentes maior, porque tens a perfeita noção que estás a viver a história.

    Aqui e ali aparece um capítulo, mas falta um murro no estômago que nos leve para o outro nível.

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  3. Bom dia.Eu neste momento estou a ouvir o novo dos GRINDERMAN.Esperei meses mas está a valer a pena.Som agressivo,puro e cru com o mestre Nick Cave a liderar.Fica a sugestão.

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