Já que alguém tem que ser cínico, eu diria que este idealismo passará a esta jovem socialista quando lhe oferecerem um lugar qualquer.
O António Sala cantava «onde estão os meus velhos amigos», e bem podia cantar «onde estão os velhos idealistas»...provavelmente no parlamento a servirem de rodinhas ao aparelho.
Não me vejo a fazer futurologia, mas não posso deixar de admirar quem, no meio das elites bolorentas dos partidos, faz um discurso de tal forma avassalador. Não são palavras vazias e despidas de sentido, são sim tiros certeiros naquilo que está mal nos partidos políticos. Negar os partidos por princípio é um fait divers. Os partidos são um pilar essencial no sistema democrático. Das duas uma, ou o sistema está mal, ou estão os partidos. Seja o que for que está mal, devemos todos fazer para o mudar. Não aceito esse discurso falacioso de assumir por princípio que pertencer a um partido ou a uma estrutura política é um crime capital. Pelo menos que se respeite quem, muitas vezes com prejuízo pessoal, luta todos os dias por uma sociedade melhor. Deles descendem bens incomensuráveis que hoje damos como garantidos mas que eles conquistaram. Foram eles que conquistaram a escola dos nossos filhos, os hospitais que nos cuidam, os lares que nos acolhem, o acesso à cultura que nos alimenta a alma, enfim, um sem número de bens que elevaram a sociedade a um novo nível. É inegável que há coisas que estão mal e que é preciso mudar. Mas não é da cadeira do café a mandar bitaites a quem passa que vamos mudar alguma coisa.
A Beatriz Talegón pode vir a desiludir o mundo inteiro, mas aquilo que ela disse não deixa de ser verdade, e não deixa também de ser em última instância um farol ideológico pelo qual nos devemos orientar. Sem histerismos balofos, ela terá feito mais pela sociedade naquele dia, que aquilo que eu farei a minha vida toda. Tivéssemos nós mais idealistas.
Orgulho-me sinceramente de partilhar ideais com a Beatriz Talegón, envergonho-me de não ter tanta coragem como ela.
Merece um resumo: é para isto que servem os partidos ?
ResponderEliminarJá que alguém tem que ser cínico, eu diria que este idealismo passará a esta jovem socialista quando lhe oferecerem um lugar qualquer.
ResponderEliminarO António Sala cantava «onde estão os meus velhos amigos», e bem podia cantar «onde estão os velhos idealistas»...provavelmente no parlamento a servirem de rodinhas ao aparelho.
Não me vejo a fazer futurologia, mas não posso deixar de admirar quem, no meio das elites bolorentas dos partidos, faz um discurso de tal forma avassalador. Não são palavras vazias e despidas de sentido, são sim tiros certeiros naquilo que está mal nos partidos políticos. Negar os partidos por princípio é um fait divers. Os partidos são um pilar essencial no sistema democrático. Das duas uma, ou o sistema está mal, ou estão os partidos. Seja o que for que está mal, devemos todos fazer para o mudar. Não aceito esse discurso falacioso de assumir por princípio que pertencer a um partido ou a uma estrutura política é um crime capital. Pelo menos que se respeite quem, muitas vezes com prejuízo pessoal, luta todos os dias por uma sociedade melhor. Deles descendem bens incomensuráveis que hoje damos como garantidos mas que eles conquistaram. Foram eles que conquistaram a escola dos nossos filhos, os hospitais que nos cuidam, os lares que nos acolhem, o acesso à cultura que nos alimenta a alma, enfim, um sem número de bens que elevaram a sociedade a um novo nível. É inegável que há coisas que estão mal e que é preciso mudar. Mas não é da cadeira do café a mandar bitaites a quem passa que vamos mudar alguma coisa.
ResponderEliminarA Beatriz Talegón pode vir a desiludir o mundo inteiro, mas aquilo que ela disse não deixa de ser verdade, e não deixa também de ser em última instância um farol ideológico pelo qual nos devemos orientar. Sem histerismos balofos, ela terá feito mais pela sociedade naquele dia, que aquilo que eu farei a minha vida toda. Tivéssemos nós mais idealistas.
Orgulho-me sinceramente de partilhar ideais com a Beatriz Talegón, envergonho-me de não ter tanta coragem como ela.