N' América


América, o grunge, e Fuzzy.

Acho que posso assim de certa forma resumir o que de novo no campo do rock me trouxeram os 90's. De um lado todo um movimento com epicentro em Seattle, já motivo de alargado debate cá na casa. Nirvana e Pearl Jam, os expoentes máximos.


Depois chega Fuzzy, primeiro álbum dos Grant Lee Buffalo. Um denominador comum os une: Neil Young. Os de Seattle elevaram-no a padrinho do grunge, e verdade seja dita ele já andava de camisa de flanela há anos.
Grant Lee Philips entendeu-o nas entrelinhas, o misto de delicadeza e rudeza das letras, o compreender que a guitarra não serve apenas para soltar a raiva, mas também está ali para ser domesticada e deixar que dela se extraia a vital melancolia. Fuzzy, o tema-título, Jupiter and Teardrop, America Snoring, Stars N' Stripes, fazem parte de uma outra história americana que o grunge não conseguiu contar nem cantar, longe das suas angústias pós-adolescentes infelizmente enterradas em heroína...

Para os Grant Lee Buffalo Fuzzy foi o brilhante início de uma carreira começada e acabada nos 90's da qual constam 4 álbuns de uma das melhores bandas de que tenho memória. É um crime passar ao lado.

Dantes ainda achava piada ao facto de não muita gente conhecer os Grant Lee Buffalo. Agora, acho que me irrita...


Comentários

Mensagens populares