Reverberação
A reverberação, quando usada com gosto, traz solenidade a uma canção. Lembro-me de várias canções que soam como que tocadas numa catedral. «Let me In» dos R.E.M, em Monster vem-me logo à memória, ou «A Dream», em Songs for Drella.
Outras ganham com a energia quase pura da guitarra, com riffs cirúrgicos e angulosos, feridos a espaços por distorção, como em «What's good» de Lou Reed.
Outras, claro, misturam as duas coisas, como «Acrobat» dos U2 ou «Velocidade Escaldante» dos Mão Morta.
Em «La Noise», Neil Young e Lanois usam e abusam da distorção, do eco e da reverberação. Mais do que isso só precisam do génio de Neil na composição, e ele vive. Um álbum que cresce a cada audição e que se tatua a sangue frio.
Neil Young é o maior.
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