Oh, tão miserável que eu sou...



Antes de mais, sinto-me na obrigação de dar uma breve explicação pelo ATREVIMENTO de escrever sobre Morrissey. Primeiro, desde a notícia da hipotética reunião dos The Smiths que Morrissey e os The Smiths estão no meu posto de escuta nº1, isto é, o meu veículo. Segundo porque levado a ler este post e respectivos comentários, ainda que não lhes reconheça pertinência, me veio à memória o concerto de Morrissey em Paredes de Coura 2006.

Quem conhece minimamente a obra dos The Smiths e de Morrissey a solo não deixa de num qualquer ponto sentir compaixão por tão desencantada e amargurada alma que se aloja em Steven Patrick Morrissey. After all, como acabei de ler algures, Morrissey é tão só “the most depressed man of the 20th century...”

E quem já teve o privilégio de ver Morrisey ao vivo (já agora se alguém viu The Smiths que se acuse) ou a curiosidade de procurar por aí uns vídeos , não deve ter deixado de se aperceber do nível de histeria que cada pequeno gesto seu desencadeia, e que o próprio faz questão de instigar ao atirar, por exemplo, a camisa para o público para depois assistir, como é que lhes hei-de chamar, os fãs? a esfarrapá-la e de seguida matarem se necessário por um fiozinho que seja. Foi assim em Paredes de Coura 2006, eu vi e ninguém me contou.

Porquê Moz ? Que dor é essa ? Como quem descobre a pólvora, a resposta, simples, poderá estar em How Soon is Now :

I am human and I need to be loved
just like everybody else does


Só que no caso de Morrissey é multiplicar, sei lá, aí por 100.

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