B Fachada, mais um fim de semana em Guimarães
Antes de mais, gostei de ver o artista desobrigado do uso da indumentária «rosa-choque» com uma caveira estampada. Um homem quando veste o que quer sente-se mais livre, sem dúvida.
Pela segunda vez em Guimarães, B Fachada será porventura dos poucos artistas a poder afirmar que já é dos nossos. Para quem esteve no passado sábado em Guimarães no café concerto do "quartel general" da Capital Europeia da Cultura 2012, o Centro Cultural Vila Flor, foi notório o à vontade com que B Fachada se apresentou perante uma sala cheia. Deu até para usar do palavrão, "porque aqui no Norte é permitido". B adora Guimarães e Guimarães adora B. Ponto.
De resto, é de salientar a generosidade do Fachada em conseguir levar o espectáculo até ao fim (contando com dois encores) em condições um tanto ou quanto desfavoráveis. É que nem toda a gente lá estava para o ver, pelo que se estava borrifando para o necessário e devido silêncio. Sem contar com o moer do café e tilintar das chávenas e pires. Merecia B Fachada e merecia quem lá esteve para o ouvir outro espaço. Sei lá, um sítio onde se tirasse menos café servia. Consta que por menos Paulo Furtado meteu a viola ao saco no Festival do Sudoeste...
Quanto à música propriamente dita, B Fachada teimosamente sozinho batendo o pezinho e desta vez com um novo e atractivo elemento em palco, o piano, suou as estopinhas e deu um espectáculo ao seu nível: dedicado e brilhante. Como era de esperar o alinhamento centrou-se no novíssimo álbum homónimo. Tendo em conta o mais apurado trabalho de produção de B Fachada (o disco), a verdade é que quer ao piano, e aqui destaque para Responso para Maridos Transviados e Só te Falta Seres Mulher, quer à guitarra ou braguesa, destaque para Kit de Prestidigitação e a tentativa assumidamente falhada de Tradição, a coisa saiu muito bem e as músicas foram servidas à medida da época, mais outonais. Eu pelo menos olhei pela janela e vi cair uma folha...
Passado meio ano do concerto na Associação Convívio, notícias ainda do Zé que ao que parece foi reeleito e da Conceição que infelizmente continua a levar na cara.
Resumindo, descansa Palma que a pasta está bem entregue.
Muito bom.
ResponderEliminarFicou um amargo na boca pelo falhanço da tradição, mas um ZÈ a alta rotação amainou a azia.
No que ao barulho diz respeito, b fachada está mais calmo. Lembro-me perfeitamente do concerto por ele dado no saudoso Alla Scala, em braga, onde Fachada, depois de muito barulho feito por um casal numa certa mesa, não tem uma nem duas. Toca no meio da sala, junto à supracitada mesa, 2 músicas de rajada, até o casal, envergonhado, se calar e respeitar religiosamente o resto do concerto.
Jé tenho saudades de ver o b Fachada ao vivo. Se fosse rico pagava-lhe para tocar na sala lá de minha casa.
Viva,
ResponderEliminarEstive presente no referido concerto... gostei bastante... e...
Chamo-me Zé, cheguei ao concerto a pé, mas não tenho um Cadilac...
Sr. Zé Maia, notei a sua presença.
ResponderEliminarAtrasado note-se zé maia. Atrasado.
ResponderEliminarAbraço