Aéreo


Devia estar aéreo quando me chegou às mãos o «novo» de Kate Bush, «Aerial», de 2005. Ouvi superficialmente, e como sempre, à falta de melodias imediatas, ficou para audições futuras.

Normalmente sou persistente com os artistas que respeito, e só desisto depois de várias audições. Desta vez não foi excepção e como acontece com os grandes álbuns, há uma espécie de osmose que se aprofunda a cada audição, e nem três nem trinta audições chegam para transferir da música para mim nem de mim para a música todos os elementos presentes em mim ou na música.

«Aerial» é fantástico, e mais ninguém transformaria em beleza até a leitura do número PI. King of the Mountain tem uma respiração e um sentido de tempo que revelam um domínio musical soberbo, e por aí vamos...ouvir exige-se, mas com persistência.



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