Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa somos nós
Esta foi a fotografia que saiu na capa do Diário de Notícias no dia seguinte ao da atribuição do prémio Nobel da Literatura a José Saramago.
Não sei como soube, mas lembro-me de caminhar extasiado e comovido, atravessando o largo de S. Domingos em Viana do Castelo, nesse dia de 98.
O «Memorial do Convento» veio primeiro, numa das primeiras edições baratas em quiosques, da RBA, depois foi o hilariante «Evangelho Segundo Jesus Cristo», «O Ano da Morte de Ricardo Reis», a «Jangada de Pedra» e «O Ensaio Sobre a Cegueira». Ainda repousam por ler na minha prateleira «Todos os Nomes», «A Caverna» e «A História do Cerco de Lisboa». Hoje é o dia em que começarei a ler «Todos os Nomes».
Não partilho dos seus ideais políticos, nem de algumas das suas visões, nem de algumas coisas que fez, mas era um dos grandes que nos restava. Agora é menos um.
À medida que me vou afastando dos anos 90 cada vez mais me convenço que foi a década de ouro entre muitas décadas da vida Portuguesa. Uma década em que se ousou ter esperança.
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