O retorno da ideologia


A ideologia carece de voltar. É bom que as pessoas se pensem como agentes de mudança no país e no mundo(o velho lema «pensa globalmente, age localmente») e tomem posições.

É preciso que se pense, reflicta, debata e se façam escolhas. No meu entender é necessário que numa realidade em que os países(e Portugal ainda mais) deixaram de ter soberania económica, se pense na soberania cultural, e em criar cérebros para o futuro, os cérebros que farão esses sim avançar o país.

Portugal tem ainda uma taxa de analfabetismo acima de 10%, e o estado da educação é lastimável e tem-se vindo a agravar nos últimos 20 anos. A filosofia e a história perderam completamente o crédito que tinham porque não aparentam ter qualquer utilidade para os tecnocratas. Mas agora a tecnocracia está a colocar a União Europeia em perigo. A educação é a única salvação a prazo.

É necessário que a cultura e o pensamento sobre o mundo voltem, é preciso ler, é preciso escrever, é preciso pensar e pensarmo-nos.

E é preciso fazer isso tudo sem tentações de se voltar a Utopias perdidas. Aqui o meu amigo Sérgio conta-vos onde leva esse caminho.

Comentários

  1. Não é fácil esse retorno Jorge.

    As pessoas hoje em dia são egoístas demais para se preocuparem com o todo. Desde que o meu lado esteja bem, não me vou chatear a tentar mudar seja lá o que for.

    Infelizmente a apatia está instalada e muito dificilmente se desinstalará.

    A nós cabe-nos fazer aquilo em que acreditamos e mudar aquilo que achamos que devemos mudar, mas é demasiado esperançoso achar que esta mole imóvel vai de repente começar a mexer-se. Nem com o actual estado das coisas.

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  2. Olha a desunião pá...

    Fora de brincadeiras, eu acredito no potencial das novas gerações. Quanto mais não seja a necessidade aguçará o engenho, como sempre.

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  3. Terás razão. Mas olhando à nossa volta, custa acreditar.

    Somos maioritariamente mal formados e educados numa perspectiva laxista, sem responsabilidade e sem qualquer incentivo à criação ou ao conhecimento. Somos programados para atingir objectivos mínimos. E para os atingir apenas. Ninguém nos pede para os perceber ou decifrar. Apenas para os cumprir.

    Enfim. A educação que nos foi prometida foi-nos sendo retirada à medida que o tempo foi avançando.

    São precisos 20 anos de políticas educativas com qualidade para inverter este estado de coisas.

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  4. Agora sim, concordo!

    Acrescentari apenas que nos falta portugalidade! Faltam-nos as raízes, como base do conhecimento.

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