Um ano são quantos dias?

Muitos certamente. Uma brincadeira de três irmãos chamada faseberlinense, despoletada por dois concertos assistidos pelos três no mesmo dia - um do Tiago Guillul na Fnac do Braga Parque, e outro mais amplo, incluindo FlorCaveira e Amor Fúria na Casa das Artes de V.N.Famalicão, - durou esses dias todos. Continua uma brincadeira centrada na música, da que gostamos e de outra que até respeitamos mas que não gostamos por aí além. Não temos pretensões que não sejam irmos trocando umas ideias, essencialmente entre nós os três, embora não deixe de ser interessante que um número pelo menos para mim inimaginável de pessoas nos vá seguindo diáriamente. Para esses, obrigado pela paciência, e as desculpas pela qualidade por vezes sofrível.

Neste ano que passou apenas lamento que tenha esfriado um pouco o ambiente fremente que se desenhava há um ano. Dos artistas que vimos nesses concertos de há um ano, os da FlorCaveira parecem prosperar e ganhar notoriedade de dia para dia, merecida e bem gerida. Fiquei muito à espera do álbum do Samuel Úria, que acabou por chegar há pouco tempo. Não era o que eu esperava, mas também ainda não me sinto ambientado o suficiente com esse álbum heterodoxo para reflectir sobre ele. Não me sinto atraído a ouvi-lo muito, mas assim foi com o Songs for Drella, por isso não me precipito. O som evoluíu imenso, e pelo que me contam, ao vivo o espectáculo é notável. Da Amor Fúria, temos ouvido falar pouco ou nada nos últimos meses, e parece que vem aí mais Feromona. De resto, o deserto e David Fonseca.

B Fachada não estava nos concertos de 14 de Fevereiro de 2009, mas comprei lá o Viola Braguesa. Sem ser o guardião da constância, B Fachada prometeu e cumpriu bastante. O super-hiper-mega grupo Diabo na Cruz, apesar de muito promissor no conceito, não me entusiasmou, talvez por eu ter nascido no meio do folclore. Parece que faz muito sucesso aqui na malha urbana da capital (aqui na zona da Grande Lisboa onde moro há um rancho minhoto que faz muito sucesso, mas usa lenços e trajes dos chineses e tem pessoas trajadas como pescadores da Nazaré infiltradas - para o pessoal da cidade aquilo é exótico). Acredito que pelas pessoas que o constituem, o conceito evoluirá para paisagens mais genuínas (um mesito na Serra D'Arga poderá ajudar).

Guillul tem um álbum a sair próximo, aguardo-o com curiosidade.

Na música internacional, quero ouvir já(ainda bem que me lembrei) o novo dos The Knife, e o resto aborrece-me imenso(a idade não perdoa).

Falando em novidades, parece que vi o azul do céu hoje. Sigo o seu caminho com uma canção vintage.




Comentários

  1. Caia mais um ano sobre Berlim. Para continuar a trocar ideias e a cascar.

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  2. Seja lá o que isto for, ficamos um ano mais próximos e só por isso terá valido a pena.

    Este espírito "Factory" permite-nos fazer no Fase Berlinense crítica que pode não ser boa mas é sinceramente melómana. Deliciosamente underground.

    Parabéns aos "berliners".

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