Viva o 25 de Abril!


Escrevo aqui para comemorar a liberdade que tenho de escrever aqui o que quero.

Escrevo também para homenagear um homem, um homem que ficará na História, e que hoje, depois de ouvir o seu discurso e ter lido a sua entrevista ao jornal i, fiquei com a impressão de que está mais vivo e atento do que nunca, parecendo ser dos poucos que vê o quadro mais vasto do contexto europeu, e que coloca a tónica certa na afirmação dos pontos pelos quais devemos ser orgulhosos do nosso país.

Conheço muitas pessoas que odeiam Mário Soares, e que o culpam por muitas coisas a começar pela descolonização. Não concordo, mas aceito que as acções de um governante beneficiam sempre uns em detrimento de outros. No caso da vida política Portuguesa, acho que sob a visão de Mário Soares, o país ficou mais equilibrado e mais justo.

Concordo com Almeida Santos que disse que Mário Soares é o mais ilustre português vivo, e continua felizmente activo - parece-me por exemplo que está a fazer aquilo que o Presidente da República deveria estar a fazer há muito, que é tentar comprometer os vários agentes políticos num plano comum de médio e longo prazo para se criarem bases de desenvolvimento para Portugal.

Vejo os comentários e o aproveitamento que foi feito da entrevista, vejo tanto ódio pronto para distorcer o que está cristalinamente expresso, e cada vez penso mais que as três prioridades de Portugal são educação, educação e mais educação. Quando as gerações mudarem, as pessoas civilizadas e mínimamente letradas terão elevação e capacidade de ver um pouco mais longe que as quatro linhas de um campo de futebol, cuja metáfora como jogo boçal de campo de batalha parece ser a medida de todas as coisas por cá.

Até lá podiam ler o magnífico livrinho da Fundação Francisco Manuel dos Santos, Filosofia em Directo, até é pequenino e custa pouco mais de 3 euros em qualquer Pingo Doce.

E já agora, porque não subscrever a iniciativa do Compromisso Nacional? É hora de juntar forças, porque a batalha vai ser dura.

Comentários

  1. É sintomático ser mais uma vez o Dr. Soares a deitar a mão a isto.
    A puxar pelo único caminho possível, o do entendimento.

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