Coisas novas II
Já aqui se falou da TSF no final dos anos 90 e da dificuldade em "seleccionar" as novas coisas que nos vão atropelando, dia a dia, nesta sociedade espectacularmente livre e global que é a Internet.
Conseguimos encontrar nestes dois factos alguma relação? SIM. Em minha opinião sim. Não concretamente na TSF, mas no pobre panorama radiofónico nacional.
Tempos houve em que TSF, Rádio Comercial, Antena 3 entre outras emissoras nacionais nos faziam essa "selecção". Hoje, exceptuando alguns programas de autor da Antena 3 (indiegente á cabeça) e uma ou outra musica "random" da TSF, as rádios portuguesas não têm música de qualidade.
Eu até nem me posso queixar muito, pois tenho ao alcance das ondas do meu rádio a Rádio Universitária do Minho (RUM), que me mantém, musicalmente falando, mas a formatação das rádios como a vemos hoje em muito contribui para essa dificuldade de escolha. O papel de selecção qualitativa das rádios não existe mais, sendo que temo bem que quem faça essa selecção hoje em dia sejam as editoras e distribuidoras.
Não tenciono fazer aqui nenhum estudo empírico sobre a relação entre o fim da qualidade musical nas rádios portuguesas e o nascer de uma geração plástica, absurdamente inculta musicalmente(e não só) que consome o que lhe dão sem ter o prazer da procura e da descoberta de novos sons e nova música(quem não pensou ter chegado ao céu com a descoberta do Ágætis byrjun dos SIGUR ROS????), mas que esse estudo bem podia ser feito e ter resultados surpreendentes, ai isso podia.
Uma palavra: RADAR.
ResponderEliminarNão é nacional, nem eu tenho conhecimento suficiente sobre a RADAR, embora saiba da sua existência e da sua linha musical.
ResponderEliminarMas obrigado pelo alerta :)