Fim de tarde solarengo em Paredes de Coura


Um fim de tarde em Agosto de 2005 e ali estava uma das mais belas surpresas musicais da minha vida. Num dia solarengo lá saímos, eu o meu irmão Paulo, da bela freguesia de Sande S. Martinho em direcção a Paredes de Coura.

O dia prometia. Arcade Fire, Queens of the Stone Age e os grandiosos Pixies estavam á nossa espera. A banda sonora do caminho, se não estou aqui a trocar nada, foi o unplugged do Gilberto Gil.Os Pixies, de quem um dia eu hei-de ter coragem de escrever um Post, eram o grande aperitivo. Os Queens of the Stone Age eram algo que eu já ouvia, mas foge um bocado ás minhas preferências. Um excelente concerto, cheio de energia e muito rock. Mas antes estiveram em palco aqueles que deram o melhor concerto que eu já vi na minha vida . Já tinha ouvido uma ou duas músicas dos Arcade Fire, cortesia da "sempre á frente" Rádio Universitária do Minho, e ia com alguma expectativa para ver o concerto.

Estávamos pouco mais de 100 pessoas á espera para ver o concerto, nesse tal fim de tarde solarengo. Era só o começo. Aquela orgia musical estava a começar, e mal se ouviram os primeiros temas o público no recinto foi ficando, estupefacto, aprisionado aquele cigano ambiente num palco em que os instrumentos passavam de mão em mão, em que se fazia percussão com capacetes (metidos na cabeça!!), enfim, acho que orgia musical é o melhor termo.

Fiquei parvo da minha vida! Já tinha visto muitos concertos, e vi muitos depois desse, mas nenhum tão desconcertante. Ninguém conseguiu parar, durante aquela hora e tal de concerto. Músicas como "Neighborhood #3(Power Out)","Wake Up" e a inevitável "Rebellion (Lies)" levaram á loucura o já muito público presente na plateia.
Para acabar com o festival, um final apoteótico onde o Win Butler se atira para o público de guitarra em punho, levado aos ombros por alguns metros (talvez até onde o cabo da guitarra deixou).

Foi realmente muito bom, essencialmente pela surpresa.
Já me aconteceu uma situação parecida, embora, sem prejuízo algum para os intervenientes, devamos salvaguardar algumas distâncias, na primeira vez que vi o Tiago Guillul ao vivo, no saudoso Alla Scala, em Braga.


Fica aqui um vídeo para quem não teve a sorte de lá ter estado ter a noção do que eu falo.

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