O meu primeiro beijo
Quem nunca dançou, algures entre 1983 e 2009, Blister In The Sun? Quem nunca sussurrou:
When Im out walking I strut my stuff yeah Im so strung out
Im high as a kite I just might stop to check you out
Let me go on like I blister in the sun
Let me go on big hands I know your the one
Body and beats I stain my sheets I dont even know why
My girlfriend shes at the end she is starting to cry
Let me go on like I blister in the sun
Let me go on big hands I know your the one...
Toda a gente!
Foi esse o meu primeiro encontro com os Violent Femmes e com seu álbum homónimo.
Já vomito, quase literalmente, a Blister In The Sun, e a música continua a ser muito boa, mas este disco enche-me as medidas. Objecto quase inigualável, pela brilhante fusão de tudo o que podemos imaginar no âmbito dos estilos musicais, desde o quase Punk de Kiss Off aos quase românticos Please Do Not Go e Good Feeling, passando pelo rock de Prove My Love e pelo country\folk em quase todas as músicas do disco(bem, talvez aqui e ali os Eels consigam fazer parecido, quiçá melhor), este disco é, sem qualquer sentimentalismo um dos melhores discos da década de 80. As guitarras acústicas afiadas quase grunge (em 1983?!?!) de Promise, por exemplo, mostram-nos quão grande é este álbum. Um bom ouvinte de música, embora mais desatento um bocadinho, diria que este disco nasce no coração dos 90's, algures entre a euforia Grunge dos Mudhoney e a BritPop dos Oasis e Blur(Violent Femmes, o disco, é disco de platina em 1992!), mas na realidade ele nasce nos 80's, no meio do pós-punk\new wave, algures entre o cinzento dos Joy Division (ou preto mesmo preto) e os penteados e da maquilhagem dos Cure, embora não seja de negligenciar a "aparição" dos REM, e eu até podia dar aqui uma perninha, mas deixo isso para a classe alta desta irmandade, muito mais habilitada para falar sobre esses senhores de Athens e quiçá, estabelecer aqui algumas ligações.
Chamem-me maluco se for o caso, mas este disco tem um toque que outro nome não pode ter a não ser genial (e já agora visionário).
Vou chamar a este Post "O meu primeiro beijo", mas talvez o nome mais correcto fosse "o dia em que fui atropelado por este disco". Enfim, é só porque me apetece.
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