Covers e mais covers




Se há coisa que eu gosto é de covers. Acho muito interessante as múltiplas vidas que uma música pode ter às mãos de diferentes artistas. A prova de que é bem possível ser original com as coisas dos outros.

Como já foi aqui escrito e comentado, os cotas do Fase Berlinense começaram a despertar para a música com os R.E.M. E foi também com os discos desses camaradas que comecei descobrir esse especial prazer que é desfolhar o inlet de um disco à procura daquele pormenor que faz toda a diferença e que desperta em nós aquele gajo erudito que pensa que sabe o que mais ninguem sabe. E quando a descrição dos autores das músicas não correspondia ao clássico Berry, Mills, Buck, Stipe, toca a pesquisar o autor da obra. Foi vício que ficou e se foi perdendo com o advento da internet. Infelizmente, os downloads não trazem livrinho…

Dos R.E.M., desde logo as primeiras versões dos Velvet Underground, Femme Fatale e There She Goes Again, passando por Love is All Around dos The Troggs, no Unplugged, acabando na soberba cover de First We Take Manhattan no álbum de homenagem ao mestre Leonard Cohen, I’m Your Fan.

Há milhares delas, mas das que conheço, e para não maçar muito, destaco Jokerman de Bob Dylan por Caetano Veloso, New Dawn Fades dos Joy Division por Jolanta Kossakowska (do álbum tributo Warszawa Tribute to Joy Division por artistas polacos), Shock Me dos Kiss pelos Red House Painters e a improvável Cravo e Canela do Milton Nascimento, às mãos dos Tortoise com Bonnie ‘Prince’ Billy,do excelente álbum de versões The Brave and The Bold, de onde se destaca ainda uma versão de Daniel do Elton John.

Obviamente também todas as que fez Jeff Buckley. Para quem só conhece Hallellujah e as outras do Grace que se dê ao trabalho de ouvir o Live at Sin-é.

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