OK, do you want something simple ?
No posto de escuta nº 1:
- que é isso que está a tocar ?
- ex ex.
- quem ?
- ex ex, xis xis. é fixe não é ?
- é. é diferente.
Na mouche: diferente. É sempre bom notar que no meio deste modelo copy/paste à escala global em que se tornou o pop/rock dos 00's ainda há espaço para a originalidade, que é coisa que não falta aos the xx e ao seu homónimo álbum de estreia.
O disco estrutura-se duma forma em que à primeira vista sintetizadores e afins parecem liderar o processo, condensando o som em ambientes etéreos embora muito seguros. E é nestes ambientes que emerge, qual guest star, a guitarra. Minimalista, tão simples quanto inquietante, alia-se às vozes pós-adolescentes de Romi e Oliver e flutua pelas canções, faixa após faixa elevando-nos contidamente as emoções. Na medida certa, sem stress nem grandes euforias.
Importa referir que o álbum foi produzido pelos próprios The xx, tudo gente na casa dos 20 anos.
A minha preferida, Night Time
Gostei, três acordes e a verdade, já dizia o outro. E as maravilhas da electrónica quando usada qb. Esta música é capaz de influenciar pessoas para a música porque quem assiste pensa que é capaz de fazer aquilo...mas do pensar ao fazer depois vai um passo de gigante.
ResponderEliminarÉ engraçado também o contraste com o Scott Walker e a sua alta complexidade de tecituras.
Ao ler este post nao poderia deixar de fazer uma homenagem a este fenómeno que são os the XX...A música dos The XX é particular mas inclusiva... trouxeram para o nosso mundo de excessos tempo e espaço, gerando um clima onde nada parece acontecer mas tudo tem extensão para acontecer...criaram música que não se ouve apenas... absorve-se...
ResponderEliminarAté podem não voltar a fazer nada de jeito, não sabemos... mas neste momento parece não existir outra música que faça tanto sentido... e é isso que interessa...
Afinal as melhores ideias são sempre as mais simples...