U2, but not U2
Correcção: Fui induzido em erro pelo programa «Sinais» da Tsf de hoje, no qual era indicado que o muro foi construído para impedir os não pagantes de ver. Uma leitura atenta deste link revela que os bilhetes foram oferecidos a 10.000 pessoas online, indica ainda que o próprio manager da banda comentou que os Berlinenses achavam que era irónico comemorar o derrube de um muro com a construção de outro. Eram esperadas 100.000 pessoas no concerto e a construção do muro apanhou a própria Chanceler Alemã de surpresa, que comentou que a culpa seria dos U2 ou da MTV. Os representantes dos U2 não comentaram o caso. Por isso feita a correcção à parte de os bilhetes serem pagos, o resto permanece mais ou menos igual, dado terem sido factores económicos(limitar os bilhetes a quem foi ao site da MTV) a ditar esta ocorrência.
Em 1981, Paul Simon deu com Art Garfunkel um concerto gratuito para 500.000 pessoas no Central Park em Nova Yorque. Um concerto histórico, uma grande celebração que ficou na história. Em 1991 repetiu a proeza agora para 750.000 pessoas. Extraordinário o ambiente de festa, de partilha espontânea, de gozo puro e sentido de comunhão. Mais um acto de generosidade de Simon por amor à sua cidade.
Em 2009 os U2 fazem com a MTV um concerto para celebrar a queda do muro de Berlim. Vampirizam todo o simbolismo que a queda teve, para além do simbolismo que a própria cidade tem nos meandros do Rock, por isso este blog se chama «fase berlinense». Os próprios U2 souberam encontrar em Berlim um caminho para o seu desespero no fim da década de 80, mas desta vez sinto-me livre para deixar cair de vez o que me restava de admiração pela banda.
Não havia melhor simbolismo para o estado actual dos novos Rolling Stones, do que celebrarem a queda do muro de Berlim construindo um muro à volta do concerto para que só visse quem pagasse bilhete. Os benefícios de relações públicas de se apropriarem da simbologia não eram suficientes para cobrir os custos de montar o concerto?
Aqui fica uma musiquinha para reflectir.
Em 1981, Paul Simon deu com Art Garfunkel um concerto gratuito para 500.000 pessoas no Central Park em Nova Yorque. Um concerto histórico, uma grande celebração que ficou na história. Em 1991 repetiu a proeza agora para 750.000 pessoas. Extraordinário o ambiente de festa, de partilha espontânea, de gozo puro e sentido de comunhão. Mais um acto de generosidade de Simon por amor à sua cidade.
Em 2009 os U2 fazem com a MTV um concerto para celebrar a queda do muro de Berlim. Vampirizam todo o simbolismo que a queda teve, para além do simbolismo que a própria cidade tem nos meandros do Rock, por isso este blog se chama «fase berlinense». Os próprios U2 souberam encontrar em Berlim um caminho para o seu desespero no fim da década de 80, mas desta vez sinto-me livre para deixar cair de vez o que me restava de admiração pela banda.
Não havia melhor simbolismo para o estado actual dos novos Rolling Stones, do que celebrarem a queda do muro de Berlim construindo um muro à volta do concerto para que só visse quem pagasse bilhete. Os benefícios de relações públicas de se apropriarem da simbologia não eram suficientes para cobrir os custos de montar o concerto?
Aqui fica uma musiquinha para reflectir.
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