Elevar a minha querida à sofisticação
Acabamos de entrar nos anos 80, as ruas de Nova Iorque fervilham com um novo estilo musical e poético que 30 anos e muita osmose mais tarde, parece na sua encarnação para as massas apenas uma caricatura de si mesmo.
Se em 1980 os Clash, inebriados pelo Rap, gravam «The Magnificent Seven» para Sandinista!, e fazem da letra um manifesto sobre a vida de trabalho, o consumismo e o lugar da alta cultura no meio do frenesim, os rappers, ou hip-hoppers de hoje parecem(claro que há excepções) presos no estilo, e se é factual que debitam palavras, muitas e a grande cadência, também o é que pouco se aproveita delas.
Será que a actual situação histórica e social não é um grande rio onde se podem pescar os sinais do tempo, liofilizar e consumir na música popular? Ou eu ando a ver passar ao lado toda uma sub-cultura?
Estou aberto a conhecer.
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