Gainsbourg: 2010, année prolifique
2010 ameaça ser o ano dos Gainsbourg.
A poucos dias da estreia da cinebiografia do pai, o falecido Serge, Gainsbourg: Vie Heroïque, e à espera da oportunidade para ver Anticristo de Lars von Trier onde brilha a filha Charlotte, vou descobrindo a veia musical da menina.
O pai é um velho conhecido desses anos áureos de 90, cortesia das soireés do canal MCM na parabólica lá do tasco. Se primeiro estranhei aquela figura um tanto ou quanto caricata cantando a cair de bêbado, com a alta rotação do MCM nesses anos seguintes à sua morte a estranheza deu lugar à admiração, que a cada audição aumenta. Há sempre mais Serge Gainsbourg.
Serge Gainsbourg é puro génio.
A filha começo agora a conhecer pela audição do novo IRM. E as primeiras impressões não podiam ser mais positivas.
Não podemos esquecer que Beck está presente, desde a concepção à produção do disco, é bem notório e o resultado é um conjunto de canções muito pouco homogéneo mas verdadeiramente notável. Pelo que leio, o "mérito" musical é dele, mas não deixa de ser bom pensar que não é um disco de Beck cantado por Charlotte .
Há no disco guarida para vários estilos, de encontro à vontade de Charlotte. Magistral na interpretação da estupenda Vanities (onde por momentos pensei ouvir Beth Gibbons), da chanson française cantada em inglês de Time of the Assassins, Le Chat du Café des Artistes e La Collectionneuse , à quimera árabe de Voyage, passando pelo rock de Trick Pony e Looking Glass Blues tudo serve na perfeição a voz tímida e sensual de Charlotte.
J' adore.
A poucos dias da estreia da cinebiografia do pai, o falecido Serge, Gainsbourg: Vie Heroïque, e à espera da oportunidade para ver Anticristo de Lars von Trier onde brilha a filha Charlotte, vou descobrindo a veia musical da menina.
O pai é um velho conhecido desses anos áureos de 90, cortesia das soireés do canal MCM na parabólica lá do tasco. Se primeiro estranhei aquela figura um tanto ou quanto caricata cantando a cair de bêbado, com a alta rotação do MCM nesses anos seguintes à sua morte a estranheza deu lugar à admiração, que a cada audição aumenta. Há sempre mais Serge Gainsbourg.
Serge Gainsbourg é puro génio.
A filha começo agora a conhecer pela audição do novo IRM. E as primeiras impressões não podiam ser mais positivas.
Não podemos esquecer que Beck está presente, desde a concepção à produção do disco, é bem notório e o resultado é um conjunto de canções muito pouco homogéneo mas verdadeiramente notável. Pelo que leio, o "mérito" musical é dele, mas não deixa de ser bom pensar que não é um disco de Beck cantado por Charlotte .
Há no disco guarida para vários estilos, de encontro à vontade de Charlotte. Magistral na interpretação da estupenda Vanities (onde por momentos pensei ouvir Beth Gibbons), da chanson française cantada em inglês de Time of the Assassins, Le Chat du Café des Artistes e La Collectionneuse , à quimera árabe de Voyage, passando pelo rock de Trick Pony e Looking Glass Blues tudo serve na perfeição a voz tímida e sensual de Charlotte.
J' adore.
«Time of the assassins» deve ser uma piscadela de olho a um ensaio famoso de Henry Miller sobre Rimbaud, «O tempo dos assassinos». O Jorge Palma também tem uma música do álbum «Norte» inspirada exactamente nesse mesmo ensaio, que é uma excelente leitura.
ResponderEliminarNo Norte ou no "Jorge Palma", o da capa onde ele aparece a fumar ? Nesse é que tem uma música chamada "Tempo dos Assassinos".
ResponderEliminarTens razão, é no «Jorge Palma», no «Norte» tem uma que é um poema do Al Berto(Acordar tarde) e baralhei as referências literárias na cabeça.
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