Parece que está na ordem do dia...

Compositor raro mas certeiro nos Beatles, George Harrison escreveu algumas das canções emblema dos fab four. Sempre discreto, sempre(oh my god!) humilde, ele não se importou muito por estar na sombra dos titãs Lennon e McCartney. Apenas se importou quando a banda perdeu a alma e deixou de fazer sentido. Ele próprio levou um amigo para as sessões de Let it Be (Billy Preston) para tocar teclados, na esperança de alguma decência e respeito imperassem entre os então ex-amigos. Tão pouco se importou quando a sua mulher Paty se mudou para os braços do seu melhor amigo Eric Clapton, que pouco depois lhe dedicou Layla. Parece que ele também não era dos mais fiéis dos esposos. Por certo não seguia o preceito de Samuel Úria que disse ao Blitz que «[Fazemos] sexo, drogas e roquenrole, mas sem drogas e sem sexo pré-marital».

De todos os Beatles, foi o que levou mais longe a sua entrega à religião Hare-Krishna, depois de um surto religioso-psicadélico que assaltou a banda aí pelos idos de 68.

Acabada a banda, lançou o material acumulado no imperdível «All things must pass», e organizou com Ravi Shankar o primeiro mega-concerto de benificiência da história(The Concert for Bangladesh).

O tema que se segue é o reflexo da fase religiosa de Harrison nessa altura do final dos Beatles, mas mesmo toda a beatitude não o livrou de ceder a maioria das royalties por ter, segundo o tribunal, plagiado não intencionalmente a canção «He's so fine» das Chiffons.

Whatever...é uma canção imortal...e a prova que na fase berlinense também passa música religiosa. Amen.

Já agora dedico a canção à malta da FlorCaveira, tudo gente simpática e acolhedora. Ah, e há umas sessões bem interessantes mais ou menos mensais lá na Igreja Baptista de S. Domingos de Benfica, que recomendo pela elevação, mesmo aqueles que como eu não são propriamente religiosos(até já lá ouvi o ateu João Lisboa). Não tenho ido às últimas por previstos ou imprevistos vários, mas espero que um dia apareça por aí em áudio a sessão sobre o João Calvino.




Comentários

  1. O BeRbEqUiM parece bem, obrigado pelo link.

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  2. Como cliente habitual, folgo em saber que o BeRbEqUiM não foi ao ar. Continuemos a dar vivas ao BeRbEqUiM !

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