Eu tenho que ser sério, parte II
Ontem foi dia de João Coração e Samuel Úria no Theatro Circo, Braga.
Sobre João Coração não há muito a dizer. Não gostei do álbum, não gostei de o ver em concerto. Muito esforçado, conseguiu ligar-se com o público, mas em termos musicais achei muito pobre. João Coração terá com certeza mais para dar do que o que ouço e vejo. Assim simplifique.
Samuel Úria. Não gostei do álbum, mas tenho que voltar a ser sério e dizer que do concerto de ontem o sentimento foi totalmente diferente. Sami deu um concerto fantástico, grande em todos os sentidos. A sua faceta de "entertainer" e a sua habilidade com as palavras já é por demais conhecida, pelo que em três tempos se pôs à vontade para soltar cá para fora o rock puro que, embora meio abafado também habita no álbum.
Talvez esteja aí a diferença, às vezes as coisas quando simples soam muito melhor. Não menos verdade é que quando se tem uma grande banda por trás as coisas tornam-se mais simples e eficazes. Samuel Úria fez-se acompanhar por grandes músicos. Tiago Ramos, os Pontos Negros Filipe Sousa, Jónatas Pires + Guel Sousa, ao que consta o responsável pelos belíssimos arranjos de vozes, e a pequena grande Miriam Macaia (algum dia teremos um álbum a solo ?).
Enfim tudo gente que sabe como pegar num instrumento, a inveja que eu tenho...
Pontos altos a abordagem rock/hip-hop de Diabo, o gospel de Lamentação, a intimista Ao Tom Dela e , como não podia deixar de ser, o Império. Não me canso de o dizer e de a ouvir. É uma grande música, isto sim, uma verdadeira epifania.
Retorno ao álbum.
Retorno ao álbum.
P.S. Obrigado Jónatas.
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