Sábio Povo




"Os portugueses, pelo menos os de hoje, com apenas duas a três décadas de experiência de democracia, prezam a liberdade. Conhecem os seus perigos. Receiam as ameaças. Sábio povo !"

Este escrito é de António Barreto, na Visão desta semana.
Hoje são 24 e amanhã serão 25. Se Deus quiser, mais uma vez vou ter o prazer de ser acordado pelo meu Pai, qual ritual sagrado, a cantar Zeca Afonso. As suas músicas carregam ainda o peso da luta, ele que por via delas foi escolhido para ser a voz dos oprimidos e ajudar a dar rumo a um país só de alguns. E que para além disso tem o melhor disco de sempre da música portuguesa - Cantigas do Maio, com dedo (muito grande) de José Mário Branco, outro que não se sentia nada bem subjugado, muito menos de ver o povo a sê-lo.
Por estas e por outras Zeca Afonso é hoje um símbolo de uma tradição moderna e de uma geração pós-apartheid. Sim apartheid, ricos e opressores de um lado, pobres e oprimidos do outro. É esta a geração que conhece os perigos, receia as ameaças. E está atenta, acrescento .

"Os Vampiros" está garantido no alinhamento. Que deve meter uma ou outra do Adriano Correia de Oliveira.

A toda a parte chegam os vampiros
Poisam nos prédios poisam nas calçadas
Trazem no ventre despojos antigos
Mas nada os prende às vidas acabadas



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